Os
folhetos de cordel são uns pequenos livrinhos em folhas de papel jornal. Podem
ter dois tamanhos, dependendo da extensão da narrativa contada. Quando ela é
curta, o folheto mede 11 x 36 cm e contém oito páginas; quando a narrativa é mais
extensa, ele mede 13 x 18 cm e pode ter até 64 páginas.
Os temas são variados: seca, histórias de encantamentos,
cangaço, gracejos, carestia, política, narrativas engraçadas para o povo rir,
sátira. As narrativas mais extensas contam histórias de guerra e aventuras de
amor, em poesia cantada e impressa. São os chamados romances. Originam-se do
Romanceiro, um gênero poético oral de origem medieval, datado de 1421, que
sempre narrava sobre algo que havia acontecido numa época concreta.
A memória desses romances vive nos cantos das brincadeiras
de roda e nos folhetos de cordel que, quando começaram a circular no Brasil,
não tinham nenhuma ilustração em suas capas. Na parte superior havia o título
em grande destaque, com letra maior e com adornos; desenho centralizado,
contornado com uma frisa tipográfica, uma espécie de pequeno traço colocado em
torno do título para dar-lhe maior destaque; na parte inferior há indicação do
local, data e nome da tipografia.
(Edição
Especial 100. Beliza Áurea de Arruda Mello pág 72. Revista de História da
Biblioteca Nacional. Ano 9. Janeiro de 2014).
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